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Morte de donos por Covid-19 deixa muitos animais "órfãos"

23.02.2021

A pandemia que já matou quase 16 mil portugueses está a deixar muitos animais "órfãos", que são acolhidos pelos familiares das vítimas ou por instituições, mas a ajuda é cada vez mais difícil pelas dificuldades económicas que enfrentam.
 

O relato foi feito à agência Lusa pela presidente da Liga Portuguesa dos Direitos do Animal (LPDA), Maria do Céu Sampaio, e pelo presidente da associação Animalife a propósito do Dia do Animal de Estimação, assinalado este sábado.
 

Maria do Céu Sampaio diz que a Liga tem recolhido temporariamente alguns animais de pessoas que estão internadas ou em isolamento profilático devido à covid-19 e outros de pessoas que morreram por causa da epidemia.
 

"Isto é uma altura muito má também para as associações que têm abrigos porque têm muita dificuldade em conseguir alimentação para os seus animais. Nós, por exemplo, temos 200 animais que temos de alimentar todos os dias", conta, apelando aos portugueses para que ajudem as associações que têm abrigos nas suas localidades.
 

As pessoas podem ajudar com "um simples saquinho de comida ou um saquinho de areão, que custa 1,90 euros, uma garrafa de lixívia, que custa 60 cêntimos ou um saquinho de trinca de arroz que custa 50 cêntimos", diz Maria do Céu Sampaio, afirmando que "tudo isto é muito bem-vindo para estas associações".
 

Desde 2014 que a associação Animalife tem vindo a criar programas de apoio social dirigido às famílias carenciadas para evitar o abandono dos animais, através de protocolos com algumas autarquias, mas com o aparecimento da covid-19 as dificuldades têm vindo a acentuar-se.
 

"Uma das situações que mais nos acontece são famílias que passaram a ter a seu cargo mais animais do que aqueles que já tinham porque houve um elemento da família que morreu que tinha três cães ou três gatos e agora esses animais transitam para outros membros da família", relata Rodrigo Livreiro.

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