Primeiro Censo Nacional dos Animais Errantes disponível em 2023
23.07.2021
O primeiro Censo Nacional dos Animais Errantes deverá estar concluído nos próximos dois anos. O protocolo “Censos dos Animais Errantes 2023” é assinado hoje entre o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas e a Universidade de Aveiro.
O ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, anunciou que o primeiro Censo Nacional dos Animais Errantes vai ser executado até agosto de 2023. A informação foi divulgada no âmbito de uma audição regimental na comissão parlamentar de Agricultura e Mar, realizada esta semana, no Parlamento.
Há já muito tempo que diversas entidades ligadas à área animal vêm alertando para a importância de um levantamento nacional de todos os animais abandonados, seja em Centro de Recolha Oficial, em associações ou em canis, legais ou ilegais. Só dessa forma será possível avaliar a verdadeira dimensão do abandono em Portugal, que vai muito além dos números oficiais, que apontam para um total anual de aproximadamente 30 mil animais abandonados.
Segundo notícia do Eco, o responsável pelo ministério que agora tutela os animais de companhia revelou ainda que serão publicados hoje os avisos dedicados aos centros de recolha oficial, aos apoios a uniões zoófilas e também a hospitais veterinários, no âmbito da Estratégia Nacional para os Animais Errantes. Estes avisos vão admitir:
candidaturas conjuntas dos municípios com associações zoófilas legalmente constituídas;
candidaturas para programas de bem-estar animal e medidas excecionais de combate aos efeitos da pandemia;
candidaturas para criação de instalações com vista à melhoria do bem-estar dos animais alojados em centros de recolha oficial ou instalações de associações zoófilas.
Quanto a valores, João Pedro Matos Fernandes avançou que o Governo vai atribuir, este ano, financiamento na ordem dos 10 milhões de euros “concretizando em pleno o que está previsto no Orçamento do Estado de 2021, para investimentos em bem-estar dos animais de companhia, desenvolvidos através das autarquias locais e das associações zoófilas”.
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