Sarna

sarna nos gatos é uma doença cutânea produzida por ácaros. Alguns tipos de sarna podem contagiar outros animais de estimação e até, em certos casos, serem transmitidos ao homem.

Existem quatro tipos de parasitas que afetam com mais frequência os gatos domésticos:

Notoedres Cati: Este ácaro é exclusivo dos gatos e é responsável pela sarna notoédrica nos felinos. A sua manifestação é pruriginosa e escamosa, além de ser altamente contagiosa. Inicialmente, os ácaros instalam-se e causam infeções graves na pele, cabeça e orelhas do animal, podendo estender-se a outras zonas do corpo.

Cheyletiella spp: Este tipo de ácaro produz a sarna queiletielosis. Origina um quadro de descamação grave acompanhado de prurido. É muito contagiosa.

Otodectes cynotis: Provoca a sarna otodéctica, popularmente conhecida como sarna de ouvido, que atinge exclusivamente a região das orelhas. Surge acompanhada de escamas, crostas e secreções escuras.

Demodex Cati: Responsável pela Demodicose. É mais comum em cães, ainda que por vezes também possa afetar os felinos. Nos gatos, costuma estar associada a causas de imunossupressão viral ou a causas metabólicas.
 
Os ácaros Notoedres, exclusivos dos gatos, estão estreitamente relacionados com os ácaros da sarna sarcóptica nos cães e, por isso, as duas infeções são similares. Os sinais clínicos caracterizam-se por prurido intenso, pápulas e crostas eritematosas, seborreia, queda de pelo e pioderma. Costuma iniciar-se com crostas e escamas na zona do pavilhão auricular, avançando e cobrindo o focinho e pescoço, podendo chegar a estender-se a outras zonas do corpo. Sem tratamento, os efeitos na pele podem tornar-se crónicos.

É extremamente importante que a doença seja diagnosticada rapidamente para que haja um combate mais eficaz do parasita e das suas larvas.
O diagnóstico deve ser feito por um médico veterinário através do exame clínico do gato.

O tratamento da sarna notoédrica varia em função do nível de infeção e da situação particular de cada gato. O tratamento deverá ser aplicado ao gato infetado e ao resto de felinos que convivam com ele e prolongar-se até se constatar que as amostras de raspagens são negativas e que o gato já não apresenta sintomas. Quando existe infeção bacteriana secundária, costuma ser necessária a administração de antibióticos.