A sarna canina é uma doença parasitária de pele, contagiosa, que pode, em certos casos, ser transmitida ao homem. Existem três tipos mais comuns, causados por ácaros diferentes, que implicam tratamentos distintos.
A sarna sarcóptica (Sarcoptes scabiei), também conhecida por escabiose, é uma dermatite muito frequente e contagiosa. É contraída através do contacto com outro animal infetado e transmissível ao homem. O ácaro da sarna, principalmente o sarcóptico, causa intenso prurido ao escavar a pele; esta seca, engrossa e enruga-se. Formam-se crostas nas áreas afetadas. As lesões aparecem primeiro na cabeça, em torno dos olhos, orelhas e focinho; daí estendem-se pelas costas, abdómen e patas.
A sarna demodécica (Demodex canis) é causada por um ácaro que se aloja na base dos folículos pilosos e nas glândulas sebáceas do cão. Não é transmissível aos humanos, não obrigando por isso a cuidados especiais por parte das pessoas que tenham tido contacto com o animal. É, no entanto, altamente contagiosa para outros cães ou gatos, podendo até transmitir-se de forma indireta, através de mantas ou outros objetos infetados. Provoca comichão intensa, levando frequentemente a escoriações causadas pelas unhas do animal.
A sarna otodéctica (Otodectes cynotis), popularmente conhecida como sarna de ouvido, atinge exclusivamente a região das orelhas.
É extremamente importante que a doença seja diagnosticada rapidamente para que haja um combate mais eficaz do parasita e das suas larvas.
O diagnóstico deve ser feito por um médico veterinário através do exame clínico do cão. O tratamento deve ser específico para cada caso e poderá implicar o isolamento do animal portador da doença.
Muito importante é não seguir nenhum tratamento por orientação de leigos para não prejudicar a evolução clínica e a eficácia do trabalho médico-veterinário.